domingo, 19 de junho de 2011

Fever

Não é fácil quando o sangue ferve. Me parece uma sensação quase imaginária, e mesmo assim impossível de ser ignorada. Pode-se simular os mesmos sorrisos meramente amenos, mas se sabe que por dentro dos olhos arde uma chama que tomou vida assim sem avisar. Talvez afirmem que não passa de sonhos adolescentes, os jovens sempre acham que podem ter tudo. Mas os tolos que não acreditam na força que emana por cada poro certamente não conheceu jamais e ardência do sangue em suas próprias veias.

Acordar em certo dia qualquer e ver sob um prisma completamente diferente as mesmas paisagens cotidianas, como se por uma cortina de vivacidade. Ou será somente que uma cortina de apatia foi removida?

Não se pode evitar os impulsos quando se sente o sangue correndo quente, em brasa por seu corpo. Incitando os sonhos, os desejos. Lhe dando a força para seguir e aquele olhar tão característico. Nunca viste alguém com o sangue em brasa? Aqueles olhos de vem comigo, em sei o caminho. Vem comigo vai ser bom. Emanando como fogo, inundando os mínimos espaços, fazendo arrepiar quem se vê por perto.

Quando o sangue ferve nunca é simples. Já vi antes, e sei que há de ser novamente. É necessário mais. O desafio, a pele, o calor, a conquista. O suor e o desejo. O olhar. Sem limites. Sem barreiras. Sem imposições. Não há como parar. Até o fim, até o fundo, sentindo cada gota dessa fonte, sentindo cada segundo desse ardor. Sentindo o fogo consumir suas forças, e a intensidade queimar, aproveitando até. Saboreando. Se destruindo. Renascendo